12.2.17

Conversas sem Sentido || Nada é garantido



Dei por mim a pensar em tudo o que está a acontecer este ano e em como nada é garantido. O que tem estado na minha cabeça ultimamente é a história do rapaz que morreu durante o treino de Rugby. Ele era de uma equipa que joga sempre contra a nossa, nas concentrações as nossas equipas ficam sempre juntas, há pessoas que saíram da minha para irem para a dele. Eu não o conhecia, acho que tinha falado com ele 1 vez. 3 rapazes, que tinham saído da nossa equipa e foram para a dele, viram-no cair para o chão. Estão todos mal, nenhum consegue sorrir desde que isso aconteceu. Sentem que o podiam ter ajudado. Não consigo imaginar a dor que deve ser perder um amigo e vê-lo partir mesmo em frente aos nossos olhos. O rapaz tinha 16 anos e partiu, assim sem mais nem menos, simplesmente partiu. E se isto não vos põe a pensar, então não sei o que fará. Nada é garantido. Não imagino a dor que os pais têm. No velório, a minha equipa (menos eu porque não consegui ir por ter a minha cabeça numa confusão. Seria pior para mim ver todos naquele estado) diz que os pais estavam bem, sorriam e riam. Digam-me quantos calmantes terão tomado para estar naquele estado? Ninguém estaria assim sem o efeito de alguma medicação. Por outro lado sinto que é um desrespeito para os pais e amigos, a minha equipa ter ido (com o equipamento vestido!) ao velório de um rapaz que não conheciam. Eu acho, e desculpem se estou errada, que um velório não é (ou não devia ser) para pessoas que não conheciam o morto. Isso só me faz lembrar as velhinhas da aldeia que gostar de ir aos funerais para ver se as pessoas vão bem vestidas. Mas enfim... talvez esteja revoltada com esta situação toda. Por não conseguir apoiar como deve ser aqueles  rapazes, por não sentir a dor como a minha equipa, por estar mais preocupada com outras coisas... Só sei que nada é garantido.

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